A "camarotização" é um neologismo criado para definir a segregação entre pobres e ricos. Hoje em dia, ela está presente em toda a sociedade brasileira, em áreas de lazer e distração, até mesmo na educação. Com esse afastamento, é perceptível que cada vez mais o Brasil será marcado como um país da segregação espacial. Esse distanciamento "classial" não não é recente, foi muito usado no Brasil no século XVIII e XIX, no qual os escravos viviam nas senzalas e os ricos Barões viviam em suas luxuosas casas - Casas grandes. A partir daí, o sentimento de superioridade não se extinguiu, e cada vez mais os portadores de pouca renda são excluídos e afastados para as periferias. Hoje essa exclusão é percebida em estádios de futebol, onde as bancadas das "elites" estão a cima dos pobres, em Shows onde há locais reservados para classes altas: O camarote, e o restante das pessoas ficam no "povão", local menos favorecido no qual as classes iguais ou parecidas encontram-se. É visível também uma exclusão educacional com a criação de escolas particulares, que tem o ensino superior às escolas públicas. Dessa maneira, a igualdade perante a lei parece ser apenas uma frase bonita que os brasileiros carregam. Desse modo, fica claro que o Brasil precisa de uma reforma no seu padrão social, além disso, o governo deve investir em educação igual para todos e levar às escolas públicas o ensino comparado com as escolas particulares. Por outro lado, cabe a sociedade elitizada aprender a conviver com as classes inferiores a sua. Só assim, conseguiremos viver com liberdade, igualdade e fraternidade.