Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A banalização do diagnóstico de TDAH

Redação enviada em 04/01/2019

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é caracterizado como um distúrbio neurológico cujos principais sintomas incluem desatenção, hiperatividade, dificuldades de planejamento e de memória seletiva. O diagnóstico pode ser realizado por médicos psiquiatras, neurologistas e psicólogos, no entanto, o aumento exorbitante de casos no Brasil indica falhas na identificação e no tratamento do TDAH. Em primeiro plano, deve-se analisar os aspectos que impulsionam a banalização do diagnóstico de TDAH. Pesquisas apontam que o consumo do medicamento usado para o seu tratamento, a “Ritalina”, alavancou em um aumento de cerca de 775%, especialmente em crianças e jovens. Sob essa ótica, é importante destacar que a maioria das queixas de desatenção e hiperatividade surgem nas escolas, quando o aluno apresenta dificuldades para assistir e participar das aulas. Esse problema, porém, pode ser facilmente confundido com o transtorno, ao passo que a verdadeira causa do comportamento tido como anormal advém de outros fatores, como problemas no lar, cansaço ou estresse. Ademais, vale ressaltar que o cenário social atual exige cada vez mais que o aluno destaque-se no âmbito acadêmico a fim de conquistar empregos com melhor remuneração e prestígio. Com isso, o estudante submete-se a rotinas exaustivas de estudos e, para alcançar um elevado desempenho, lança mão da “droga da inteligência”, ainda que não possua o TDAH. O agravante é que estudos farmacológicos indicam que além do uso inadequado poder causar dependência química, também pode gerar quadros de ansiedade e distúrbios do sono, comprometendo de forma drástica a saúde física e psicológica do usuário. Em suma, é fundamental que medidas sejam tomadas para minimizar a banalização do diagnóstico de TDAH. Para isso, o Ministério da Educação deve promover palestras nas instituições de ensino ministradas por profissionais da saúde, com o intuito de esclarecer pais e alunos acerca desse transtorno, bem como a importância de recorrer à equipes capacitadas para a identificação e o tratamento do indivíduo. Somado a isso, as escolas devem incentivar a leitura, as artes e a prática de atividades físicas como caminhos alternativos para a aprendizagem.