Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A banalização do diagnóstico de TDAH

Redação enviada em 01/08/2018

Velocidade na era da informação. Impulsividade. Distrações. Na sociedade globalizada, essa sequência é recorrente e agravante. Nos últimos anos, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade tornou-se mais conhecido pela população, de modo a aumentar os diagnósticos da doença. Com isso, surge a problemática do uso indevido de medicamentos, seja pela análise incerta sobre os possíveis sintomas, seja para obter melhor performance nas atividades que exigem maior esforço mental. É indubitável que a desatenção é um aspecto muito comum na percepção dos educadores. De acordo com Zorzi, a atenção é um componente essencial à aprendizagem, porém, o indivíduo está exposto a muitos estímulos sensoriais e ambientais que concorrem entre si o que, por sua vez, o faz desviar-se facilmente da situação de foco. Diante disso, é importante diferenciar o TDAH, causado por razões orgânicas, da manifestação de desatenção. Distrair-se com facilidade não é um fator crucial para ser portador do transtorno e, por essa razão, que o equívoco do diagnóstico tem incitado o consumo indevido do medicamento. Os sintomas, no entanto, devem ser analisados com cautela a partir da história de vida, rotina e ambiente em que o sujeito estiver inserido. De maneira análoga, o bombardeio mental que o excesso de estímulos oferece contribui para que o indivíduo faça uso de medicações a fim de melhorar o rendimento cerebral. Assim, consideram que sons, imagens e ruídos não irão ser um grande problema para o cumprimento de tarefas mentais indispensáveis. Nesse contexto, o sujeito é consciente de que não possui o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, mas tem no consumo da Ritalina um subterfúgio para obter mais concentração e atingir os seus objetivos pessoais, sem considerar que alterações neurológicas sérias serão desencadeadas de modo a prejudicar as suas relações sociais. Pode-se perceber, portanto, que o diagnóstico impreciso ou o consumo de medicamentos sem orientação médica, poderá trazer problemas irreparáveis ao indivíduo. Entretanto, o Ministério da Saúde deve, através de congressos, orientar os profissionais a serem mais cuidadosos quanto ao diagnóstico. Além disso, o Ministério da Educação deve conscientizar, através de projetos sociais, a respeito dos riscos de uso da ritalina e afins, bem como a mídia pode promover discussões que transmitam a seriedade do assunto.