Em grandezas termodinâmicas, a entropia mede a desordem dos sistemas - quanto maior o grau, maior será a energia necessária para estabilizá-los. Não obstante, nas relações humanas, pode-se afirmar que o grau de entropia, no que tange à banalização do diagnóstico de TDAH (transtorno do déficit de atenção de hiperatividade), está elevado. Deixando nítida a necessidade de medidas para solucionar esse impasse. Mormente, vale salientar que o diagnóstico tardio dificulta o desenvolvimento social e profissional do indivíduo, uma vez que o desconhecimento acerca do distúrbio neurológico furta ao paciente o direito a um tratamento eficaz. Outrossim, a carência de uma análise aprofundada promove a banalização do diagnóstico de TDAH, imputando, desse modo, em uma avaliação errônea da doença. Ademais, Mario Sergio Cortella ressalta que não é só a educação dos filhos que é importante, todavia a dos pais também. Com base na afirmação do filósofo, é fundamental pontuar, ainda , que a ignorância paternal, em relação à doença, faz com que os jovens sejam vistos como pessoas descompromissadas e negligentes pela família. Nesse viés, observa-se a importância de conscientizar a sociedade sobre o déficit de atenção e hiperatividade, bem como os malefícios do uso inapropriado de medicamentos. Em suma, como na 2ª lei da termodinâmica, a ordem tende, obrigatoriamente, à desordem, logo, medidas são necessárias para que a entropia, a qual se refere ao transtorno, seja estabilizada. É necessário que o governo federal, em parceria com o Ministério da Saúde, promova campanhas informando os principais sinais do distúrbio e as mazelas que uma análise superficial acarreta - por meio de cartazes nos postos de saúde e de debates entre pais e filhos sobre o tema na escola - a fim de mitigar os diversos casos e elucidar os possíveis os questionamentos. E quem sabe assim, dando visibilidade, a população caminhe inversamente proporcional à lei da física - mantendo a ordem e a harmonia na sociedade.