Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A banalização do diagnóstico de TDAH

Redação enviada em 22/02/2018

Em um contexto de Revolução Técnico-científico-informacional, os problemas relacionados a diagnósticos de transtornos neurológicos tem aumentado cada vez mais. Todavia, para evitar que pessoas, principalmente crianças de 6 a 12 anos, sejam vítimas de uma análise apenas comportamental, é necessário que haja seriedade no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Para isso, deve-se entender as causas e os métodos de abordar tal impasse. Em primeiro lugar, vale ressaltar que a maneira como as crianças vivem hoje, no cenário tecnológico e com bombardeios de informações por todos os lados, é distinta a de décadas passadas. Nesse sentido, é muito fácil notar o comportamento hiperativo de um infante, acompanhado de uma dificuldade em se concentrar, por exemplo, em sala de aula. Contudo, não se deve confundir esse comportamento relativamente natural para a idade com o transtorno em si, visto que para chegar a essa conclusão é necessário uma consulta mais individual e específica. A negligência dessa atitude, no entanto, resulta na banalização dos diagnósticos, seguida de prescrição precoce de medicamentos fortes, como a Ritalina, que, ao invés de ajudar, pode piorar a situação, e agravar o caso ainda mais, correndo o risco de ser refletido no comportamento escolar e social desse indivíduo. Além disso, vale lembrar que há casos mais brandos em que não é necessário o uso de medicamentos para o tratamento e melhora dos resultados da pessoa. Uma prova disso é o Michael Phelps, quando criança, o maior medalhista olímpico de todos os tempos sofria muito por ter TDAH, mas encontrou no esporte uma alternativa para ganhar força, disciplina e foco, principais dificuldades de quem é portador do transtorno, conseguindo superar e vencer suas dificuldades. Há, por outro lado, casos em que o transtorno não pode ser resolvido por tratamentos alternativos, devendo haver, portanto, um acompanhamento de um profissional especializado junto à criança, a fim de impedir grandes problemas tanto nessa fase quanto na fase adulta. Diante do exposto, portanto, algumas medidas devem ser tomadas desde cedo para evitar que diagnósticos errados sejam dados e acompanhamentos individuais se tornem mais frequentes. Para isso, é de fundamental importância que haja um investimento por parte do governo em professores com especialização na área da psicologia, com o intuito de auxiliar a criança nesse processo, ajudando-a a superar suas dificuldades e ir investigando se é necessário que haja intervenção farmacológica no caso. Junto a isso, é importante que haja conscientização do que é o TDAH para os pais de crianças portadoras desse transtorno, podendo ser organizada por grupos sociais engajados na ajuda dessas situações, contando com a organização de eventos onde haveria explicações de psicólogos e psiquiatras sobre o que os pais podem fazer para ajuda os seus filhos a confiarem mais em si mesmos e ter uma maior autoestima. Assim, a banalização seria evitada e os diagnósticos seriam mais precisos.