Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A banalização do diagnóstico de TDAH

Redação enviada em 17/02/2018

Segundo Charles Saint-Évremond, crítico literário francês, “a saúde como a fortuna, deixa de favorecer os que abusam dela”. Em paralelo a esse pensamento, a banalização do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade deixa de favorecer os cérebros saudáveis quando diagnosticados sem precisão e quando são alimentados desnecessariamente para parecerem elevados. Primeiramente, vale salientar que o TDAH é um distúrbio neurológico causado por um menor fluxo sanguíneo na região frontal do cérebro, local responsável pela memória seletiva e por captar estímulos. Dito isso, é importante ressaltar que a banalização desse transtorno se dá com o diagnóstico precoce, ou seja, é um diagnóstico comportamental sem exames precisos, o que é execrável, visto que uma criança pode ser diagnosticada com hiperatividade por dispor de uma quantidade de energia natural pela fase em que se encontra, sem acompanhamento complexo de profissionais que comprovem isso. Entende-se, então, que há falta de profissionais capacitados. Além da vulgarização desse transtorno, existem pessoas que fazem o uso indiscriminado da Ritalina, um medicamento usado por pacientes que possuem TDAH. Uso esse que é feito para ter uma capacidade intelectual elevada, isto é, ter concentração prolongada para realizar funções importantes como estudar ou trabalhar. Em virtude do diagnóstico impreciso e da alimentação inútil aos cérebros saudáveis, o uso abusivo da Ritalina pode causar sequelas irreparáveis, já que um cérebro saudável, por si só, já produz a dopamina, uma substância responsável pelo controle motor e da concentração, e quando há presença de mais domina no organismo, fornecida pelo medicamento, o cérebro passa a não produzí-la mais, o que é perigoso quando o paciente deixa de ingerir essa droga, pois o organismo entrará em estágio de abstinência, causando-lhes sequelas neurológicas. Medidas são necessárias, portanto, para resolver o impasse. É preciso que as prefeituras municipais ofereçam capacitações aos profissionais da saúde, principalmente aos médicos, por meio de cursos e congressos médicos que os instruam a reconhecer o transtorno e solicitar exames precisos, com o intuito de amenizar os diagnósticos precoces. Por fim, o Ministério da Saúde deve aumentar o crivo das drogarias na venda da Ritalina e outras drogas psicoestimulantes, por intermédio de apresentação de exames e laudos médicos, a fim de amenizar a nutrição desnecessária do cérebro saudável e deixar de abusar da saúde, para que essa possa favorecer as pessoas.