Os neurotransmissores são como combustíveis para o cérebro realizar determinadas funções, são responsáveis pela atenção, estado de vigília, bem estar, comando e funcionamento dos órgãos. Sabendo disso, é possível perceber que diversas patologias podem estar associadas ao aumento ou diminuição da quantidade desses neurotransmissores, dentre elas está o Déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) o qual muitas vezes seu diagnóstico é banalizado devido ao fato de ser exclusivamente clínico. É notório que TDAH é o transtorno mais comum em crianças que frequentemente acompanha até a vida adulta, entretanto muitas vezes não é dada devida importância aos sintomas apresentados, aliás, a dificuldade de atenção e mau desempenho na escola são vistos como algo fisiológico da criança, a hiperatividade e impulsividade são confundidos com o fato da criança ser levada e agitada, por esse motivo muitas vezes o reconhecimento pelos pais é dificultado e frequentemente é identificado apenas pelo pediatra ou profissional escolar. Desse modo, a ida ao psiquiatra é de extrema importância para avaliação do paciente de forma que o diagnóstico seja confirmado e o tratamento seja iniciado, além disso, é importante orientar a família quanto à importância do tratamento, uma vez que muitos pais não dão devida atenção. Devido ao diagnóstico ser exclusivamente clínico, o número de casos que passam despercebidos é grande, como também o número de diagnósticos feitos errados, visto que pode ser confundido com outras patologias psiquiátricas menos prevalentes, por isso a necessidade de análise minuciosa pelo profissional de saúde. Nesse sentido, é de extrema importância que o diagnóstico seja precoce para que o transtorno não implique na qualidade de vida do paciente, aliás, estudos indicam que o TDAH na vida adulta tem íntima relação com a impulsividade sexual, uma vez que a hiperatividade é manifestada dessa forma, portanto tal fato pode implicar negativamente na vida do pessoa. Sendo assim, é evidente, portanto a importância da capacitação de profissionais e acadêmicos da área da saúde de modo que estudem o assunto e facilite a identificação do paciente com TDAH e o diagnóstico correto, além disso, é necessário que orientem familiares quanto aos sintomas do TDAH, e a importância do tratamento de forma a incentivar as pessoas a procurarem orientação quando desconfiarem do transtorno.