Título da redação:

Diagnóstico sem precipitação

Tema de redação: A banalização do diagnóstico de TDAH

Redação enviada em 12/10/2018

Comenta-se, com frequência, a respeito de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), por ser distúrbio neurológico, diferentemente de uma lesão, que no seu diagnóstico pode estar ocorrendo uma banalização. Nesse caso, uma doença que requer uma análise cuidadosa da vida e do comportamento do paciente, está sendo tratada como um simples caso de tratamento por remédio específico. Apesar de ter alguns sintomas significativos, a TDAH é um funcionamento diferente do cérebro, com isso o indivíduo apresenta alterações da atenção, impulsividade e da velocidade da atividade mental e física e algum grau de hiperatividade. Por esses sintomas, muitos pacientes são rapidamente diagnosticados como TDAH. O seu pronto diagnóstico e a alternativa medicamentosa mais comum para TDAH é a causa da banalização e a demanda do remédio Ritalina cresceu 775% nos últimos 10 anos, segundo dados da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) , por causa disso o Brasil é o segundo maior consumidor mundial desse remédio, atrás apenas dos EUA. Apesar de ser o remédio mais apropriado, trás muitos malefícios para a nossa juventude pois a Ritalina é um remédio viciante, e o seu uso torna-se dependente, igual a cocaína. Levando-se em conta que esse remédio é vendido no Brasil com a tarja preta, isso mostra que não é um remédio comum e só é vendida com prescrição médica e a retenção de sua receita. Estudos realizados pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), demonstram que disturbios da respiração podem causar ou intensificar os sintomas de TDAH, e nesses casos tratamentos ortodônticos e fonoaudiológicos podem melhorar significativamente os sintomas de TDAH e consequentemente eliminar a necessidade de medicação. Há de se considerar, portanto, que medidas urgentes devem ser tomadas para acabar com a banalização do diagnóstico do TDAH. A fim de se reverter esse cenário problemático seria pertinente que o Governo Federal por intermédio da Secretária da Saúde emitisse normas para que hospitais e médicos façam um exame cuidadoso do paciente antes de diagnosticá-lo com TDAH. Além disso, a mídia pode veicular informações nas escolas e para os pais que nem todos os alunos que tem uma carga extra de energia são TDAH. Desse modo, garantimos a saúde das crianças e livre de falsos diagnósticos.