É sabido que a popularização das redes sociais - como WhatsApp, Facebook e Instagram - fez com que o uso dessas plataformas virtuais tornasse um hábito intrinsecamente ligado ao cotidiano das pessoas. Não diferentemente a respeito da existência do Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), pois a notoriedade do assunto fez com que o diagnóstico do mesmo se tornasse majoritariamente algo banal às pessoas, as quais o fazem às vezes sem um exame preciso. Entretanto, é fato que o impasse é sério e precisa de uma atenção focalizada. É óbvio que parte da população desfruta atualmente de um contexto de muito “achismo” em decorrência da banalização das informações. Pelo mesmo motivo, observa-se que profissionais e indivíduos comuns estão utilizando do “achismo” para diagnosticar com TDAH sujeitos que apenas apresentam algumas características do transtorno – como distração e inquietude – as quais podem estar relacionadas a outros fatores externos como problemas familiares ou escolares. Destarte, devido esta imprudência, pode-se observar a corroboração da estimativa de que a produção e importação da Ritalina, medicamento utilizado no tratamento do TDAH, tivera um aumento de 373% em uma década. Ademais, conforme a terceira lei newtoniana, toda ação tem uma reação. Nesse viés, é possível afirmar que o consumo indevido da Ritalina pode afetar o sistema nervoso de uma pessoa saudável, pois o medicamento é utilizado para corrigir um distúrbio neurológico. Dessa forma, quando o indivíduo pratica uma ação indevida, acabará recebendo uma reação indesejada assim como quando um paciente utiliza incorretamente antibiótico e contribui com a seleção natural – segundo Darwin – das bactérias mais resistentes. Infere-se, portanto, que o impasse está longe de ser resolvido, porém necessita de interferências imediatas para o seu controle. Sendo assim, é preciso que as mídias de comunicação em massa utilizem da própria influência para promover campanhas publicitárias que expõem e apontam a gravidade do problema em questão a fim de induzir os observadores. Além disso, é de suma importância que as pessoas mudem o comportamento diante da problemática e parem de realizar a automedicação e o autodiagnostico sem orientações médicas com o fito de erradicar a banalização do diagnóstico do TDAH assim como outros distúrbios neurológicos.