Título da redação:

A banalização do diagnóstico de TDAH

Tema de redação: A banalização do diagnóstico de TDAH

Redação enviada em 04/08/2018

O combate à banalização do diagnóstico de transtorno do deficit de atenção e hiperatividade (TDAH) encontra, no Brasil, uma série de barreiras. Aliás, a falta de médicos especializados para detectar os casos que apresentam o transtorno e o problema da venda livre de medicamentos relacionados a ele são fatores que contribuem para tal querela. Nesse sentido, tornam-se necessárias medidas para reverter essa realidade. A priori, é válido ressaltar a falta de médicos especializados para detectar os casos que apresentam TDAH. Tal fato exemplifica-se diante de uma pesquisa feita pelo site G1, a qual afirma a pouca presença de neurologistas no país. Dessa maneira, nota-se que a problemática apresentada no asserto anterior está ligada às situações em que há erros de diagnósticos pelo fato de os médicos, às vezes, dizerem, erroneamente, que o paciente manifesta o transtorno, resultando em pessoas ingerindo medicamentos para o TDAH sem a necessidade o que, posteriormente, poderá causar danos à saúde. A posteriori, observa-se o problema da venda livre de medicamentos relacionados ao deficit de atenção e hiperatividade. Isso, pois as pessoas saudáveis veem os remédios como um meio para satisfazer o interesse de ter uma melhor performance intelectual. Afinal, conforme o filósofo Thomas Hobbes:” o ser humano é guiado por seus interesses”. Assim, verifica-se que essa realidade contribui à vulgarização do transtorno, necessitando de uma maior restrição na venda dos remédios pertencentes a ele. Destarte, cabe ao Ministério da Saúde, por meio de palestras nas faculdades de medicina, incentivar os futuros médicos a se especializarem em neurologia, visando acabar com a carência da profissão no mercado de trabalho e, por conseguinte, diminuir o número de erros de diagnósticos de TDAH. Outrossim, é de suma importância que o Poder Executivo, mediante conversas com o Poder Legislativo para criar uma lei, proibir o uso de medicamentos ligados ao deficit de atenção e hiperatividade sem a prescrição médica, objetivando acabar com o uso deles por pessoas que não precisam. Assim sendo, o TDAH não será mais banalizado na sociedade brasileira.