Título da redação:

A banalização da vida

Tema de redação: A banalização do diagnóstico de TDAH

Redação enviada em 22/08/2018

Há 40 mil anos atrás, acreditava-se que as doenças mentais eram, na verdade, demônios que tomavam o corpo da vítima. Inclusive, os médicos, nessa época, faziam uma cirurgia, chamada Trepanação, em que era aberto um buraco no crânio de uma pessoa para tirar-lhe seus demônios. Esse procedimento, há muitos anos, entrou em desuso graças à evolução da medicina, que, durante séculos, progrediu e se renovou constantemente, tentando encontrar melhorias. Entretanto, até hoje, a medicina comete falhas. Como no caso da banalização do diagnóstico de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), que se deve tanto ao despreparo dos profissionais quanto ao capitalismo feroz. Durante muitos anos, as doenças mentais e neurológicas foram negligenciadas pela sociedade por preconceito e muitas delas só começaram a ser estudadas efetivamente há pouco tempo. Como reflexos disso, distúrbios como TDAH, ainda, não tem métodos absolutamente confiáveis de diagnóstico e de tratamento, fazendo com que muitas pessoas sejam diagnosticadas erroneamente. Além disso, a mafiosa indústria farmacêutica também ajuda na banalização do diagnóstico. Isso porque, ela tenta a todo custo vender medicamentos. Até mesmo, subornando médicos para dar diagnósticos falsos ou tratamentos desnecessários. Consequentemente, na atualidade há um abuso de prescrição de psicoativos como a Ritalina, que causam dependência química e podem resultar em crises de ansiedade, pânico e surtos psicóticos. Infere-se, portanto, que a banalização do diagnóstico de TDAH tem consequências graves. Sendo necessário, que, primeiramente, o Ministério da Saúde invista em pesquisas feitas pelas universidades federais sobre o diagnóstico e tratamento da doença, objetivando assim diminuir os diagnósticos errados. Além do mais, os psiquiatras precisam incentivar o uso de tratamentos alternativos como atividades esportivas, que diminuem a hiperatividade e auxiliam no foco sem ser necessário o uso de psicoativos. O Conselho Federal de Medicina junto ao Ministério Público precisa processar e suspender o registro de médicos que estiverem recebendo suborno para prescrever medicamentos, coibindo assim essa prática.