No século XX, o compositor Renato Russo, em uma de suas músicas, relatou que "há temos são os jovens que adoecem". Nesse sentido, é notório que, embora a Aids, doença responsável pela morte do vocalista da banda Legião Urbana, apresente diminuição de infectados no Brasil, os jovens, ainda, são os mais acometidos por essa patologia. Isso ocorre, principalmente, devido ao comportamento hedonista, bem como por banalização social da doença. É válido considerar, antes de tudo, que a disseminação do vírus HIV no cenário brasileiro persiste em virtude da conduta juvenil baseada no Princípio do Prazer do filósofo Sigmund Freud. Essa teoria explana a busca por gratificação imediata e comportamentos inconsequentes. Nessa perspectiva, ações indiscriminadas, principalmente na juventude, como a não utilização de preservativos, possuem efeitos deletérios a saúde individual e coletiva, dentre esses, a disseminação de DSTs, a exemplo da Aids, que se tornou comum no Brasil. Além disso, é pertinente ressaltar a banalização do retrovírus da imunodeficiência. Nesse contexto, diferente do século XX, os anos 2000, no Brasil, a Aids deixou de ser considerada uma patologia fatal e passou a ser uma doença crônica, devido aos avanços na Medicina e no tratamento, por meio de coquetéis. Dessa forma, além do estigma social e criação de estereótipos acerca dos soropositivos, o fato do vírus HIV ter se tornado banal ainda representa um problema, muitas vezes, ignorado em âmbito nacional. Fica evidente, portanto, que é necessário a mudança de conduta da sociedade, com o intuito de combate a Aids. Para tanto, em parceria com a família e a comunidade, as escolas devem propor seminário que incentivem a pesquisa, por parte de estudantes, acerca da prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, além de propor, por meio de entrevistas com soropositivos, a diminuição gradual do preconceito e incentivo a pensamento de longo prazo, evitando o hedonismo na juventude. Ademais, o Governo Federal, através da mídia, precisa, também, fazer campanhas de conscientização intensivas durante todo o ano, estimulando a prevenção e o tratamento do HIV. Desse modo, talvez, a frase do cantor Renato Russo se torne ultrapassada em uma sociedade com juventude consciente e menos casos de DSTs gerais.