A AIDS é uma doença que assola todos os continentes do globo, inclusive aqueles que têm as maiores economias. A falta de investimento no combate à problemática, portanto, não é o que dificulta à erradicação. Na realidade, a luta contra o aumento dos soropositivos está relacionada com a alienação da sociedade, assim como a discriminação feita à população mais atingida. Nessa perspectiva, pode-se dizer que o Brasil se encaixa no plano da alienação, uma vez que o aumento do número de soropositivos no país, nos últimos anos, segundo o site do médico Dráuzio Varella, tem sido mais expressivo entre os jovens. Ainda neste grupo, vale lembrar que o maior índice de incidência da doença ocorre entre os homossexuais, visto que, assim como o grupo num todo, não dão a devida atenção a essa questão. Nesse sentido, destaca-se que a falta de informação da juventude, em relação a AIDS, está vinculada com a pouca quantidade de adolescentes que se preocupam em fazer sexo seguro, bem como o entendimento de todas as formas de contaminação é conhecido apenas por uma minoria. Muitos dos gays, por sua vez, não sabem que a segunda maior forma de contrair a doença é através do sexo anal. Além disso, o combate se torna mais complicado quando a sociedade age preconceituosamente, discriminando aqueles que possuem a doença e até mesmo atrelando à contaminação com a falta de crença em Deus. Nesse sentido, infere-se que os homossexuais são os que mais sofrem, pois a ignorância, a falta de respeito ao próximo, o “fundamentalismo religioso” – que não existe somente no Oriente Médio –, atingem, principalmente, as pessoas que mais precisam de ajuda. Na verdade, a população soropositiva não é vista pela sociedade brasileira, o que fica evidente ao saber que há políticas públicas, mas que têm o acesso dificultado ou até mesmo negado. Diante disso, destaca-se que a prevenção deve ser feita de maneira holística, e não só pelo governo. Logo, é preciso que os jovens, heterossexuais e homossexuais, busquem se informar mais sobre o assunto através da leitura de jornais e conversas com a família. A mídia, por sua vez, deve promover campanhas de conscientização, por meio de notícias, telenovelas e propagandas contra o preconceito.