Título da redação:

Aids : religião e preconceito

Tema de redação: A AIDS em questão no Brasil

Redação enviada em 08/10/2015

Com a chegada do século XXI e da globalização, a ciência e a capacidade humana de compreender e prevenir enfermidades parecem ter alcançado seus ápices. De modo que no Brasil, doenças que já foram um dia consideradas calamidades públicas como por exemplo a varíola e a poliomelite, hoje estão erradicadas. Todavia, mesmo com todo esse desenvolvimento, uma doença específica, a Aids, vem causando pânico, devido à não existência de uma cura definitiva, em vários setores da sociedade. Primeiramente, é importante destacar o crescimento dessa doença entre jovens e adolescentes. Pela falta de referência, ou mesmo de consciência, muitos jovens não consideram a possibilidade de se contaminarem em "apenas uma relação " ( como se essa doença estivesse relacionada com algum efeito cumulativo). Com isso, a distribuição de preservativos e medicamentos pelo governo acaba sendo vã, visto que enquanto não houver uma mentalidade em relação a esse problema, poucos buscarão se prevenir. Em segundo lugar, há a questão religiosa. A igreja católica hoje conta com mais de um bilhão de membros, ou seja, parcela significativa da população mundial. De modo que quando é dada aos fiéis a orientação de não usar preservativos, consequências graves são observadas. Especialmente em países pobres,. Tem-se inclusive relatos de famílias inteiras que foram contaminadas e morreram justamente por se recusarem a utilizar camisinha, tendo em vista motivos religiosos. Por fim, é notório o preconceito com os HIV positivos. O maior desafio de quem tem a doença não é o tratamento mas sim o esforço necessário para ocultar a informação de que possui a doença. Entretanto, muitas vezes, esses esforços são em vão e não poucos são os casos de pessoas que literalmente acabaram se isolando do convívio social devido à discriminação. Desse modo, percebe-se que ainda hoje a Aids é um grave problema social. Para combatê-la, é imprescindível que as escolas abordem o tema de maneira mais realista, levando jovens em hospitais para que vejam que a doença e os perigos são de fato reais. Além disso, é importante que as campanhas de prevenção e os remédios continuem ao acesso popular, para que essa doença, assim como a varíola e a poliomelite, seja erradicada do Brasil.