Título da redação:

AIDS: O preconceito por trás da falta de informações.

Tema de redação: A AIDS em questão no Brasil

Redação enviada em 30/09/2015

A Aids é uma infecção viral, ainda sem cura. E por isso, muito se tem comentado (inclusive em jornais da televisão e do rádio) sobre a difícil situação das doenças sexualmente transmissíveis no país. Praticar sexo sem proteção pode gerar uma imensa dor de cabeça. Isso por que no Brasil, 100 milhões de camisinhas masculinas, são produzidas e distribuídas gratuitamente em postos de saúde. As doenças sexualmente transmissíveis (DST's), como gonorreia e sífilis, podem aumentar ainda mais o risco de se obter HIV e do HIV gerar a AIDS - uma vez que o aidético possui doenças induzidas pelo HIV e quando não descoberta com antecedência pode resultar em morte. Recentemente, o Ministério da Saúde, divulgou que a estimativa é que cerca de 530 mil pessoas estão infectadas e desses, 135 mil, não sabem ou nunca fizeram o teste preventivo, mesmo podendo ser feito sem custo algum (Fonte: www.brasil.gov.br). Nos dias de hoje, é comum que as pessoas não façam o exame por medo - alívio ou desespero. Além disso, os portadores da AIDS/HIV ainda têm que conviver com o preconceito e a falta de informação, que contribuem, ainda mais, para o crescimento no número de infectados. Antigamente, a AIDS era conhecida como doença de homossexuais, de prostitutas, de tatuadores e de usuários de drogas. Na década de 90, o mundo perdeu diversos artistas, vítimas da doença. Freddie Mercury - fundador e vocalista da banda de rock Queen, sempre teve receio de revelar que era portador do vírus. A confirmação de que o cantor era soropositivo, veio um dia antes, de ele falecer. No Brasil, o compositor Cazuza - cantor, poeta e artista brasileiro e o vocalista da banda Legião Urbana, Renato Russo - faleceram no auge da carreira. Alguns nunca revelaram serem portadores do vírus, como o cantor Renato Russo, outros, nunca fizeram questão de guardar o segredo, como o cantor Cazuza. Assim, como ele, a falecida atriz brasileira Sandra Breá, assumiu publicamente que era soropositiva, em 1970, e passou a lutar contra a discriminação. Havia um certo preconceito em relação ao modo de vida, que cada membro da população, visto como diferente, levava. Entretanto, os tempos mudaram. Atualmente, nós nos deparamos com a evolução do vírus, prova disso é que há mais de 34 milhões de pessoas infectadas no mundo. Certamente, não existe mais um grupo de risco. Uma vez que o vírus da aids não escolhe o portador. Além disso, o que há hoje em dia , são situações de risco. No qual, o indivíduo pratica relação sexual sem o uso do preservativo. Além de que, a falta de informação sobre a doença, contribui para que a pessoa não descubra que é soropositivo. Já as que reconhecem serem postadoras do vírus, são na maioria dos casos, discriminadas e violentadas moralmente, tendo receio de procurar ajuda e, consequentemente, ficando sem informações sobre a doença. Com isso, podemos observar que o grande problema do brasileiro - e da humanidade - para com a AIDS/HIV é a falta de informação necessária para evitar e combater o vírus. Tendo esse conhecimento, a Comissão Parlamentar de Direitos Humanos do Senado brasileiro, preocupa-se com as dificuldades ao acesso as políticas públicas de prevenção para as pessoas mais vulneráveis, devido ao preconceito, ao medo e a violência. O constrangimento contribuiu muito, abalando o lado emocional, psicológico e mental do portador, quando descoberta a doença. Em certa medida, o governo preocupa-se em atingir os mais vulneráveis as informações. Porém, fica evidente a necessidade de se ampliar o combate á discriminação. Além de investir em políticas públicas de prevenção, campanhas, panfletos e acesso as informações em postos de saúde, é interessante enfatizar na necessidade de se fazer o exame preventivo. Sem dispensar que é necessário ressaltar o quão importante é o uso do preservativo - camisinha. A fim de conscientizar a sociedade e diminuir, cada vez mais, o número de infectados.