Título da redação:

A falta de medo e o avanço de uma doença destrutiva

Tema de redação: A AIDS em questão no Brasil

Redação enviada em 09/10/2017

Nos últimos anos do século passado, uma doença surgiu causando muitas mortes e grande pânico ao redor do mundo. Com o desenvolvimento de medicamentos que prolongam a vida do portador, atualmente o vírus HIV causa menos temor e seu contágio foi banalizado, principalmente entre os jovens. No entanto, a AIDS continua sendo uma doença destrutiva e que não tem cura, tornando necessária a reflexão a respeito desse impasse. Em primeiro lugar, é importante analisar a origem da falta de temor do vírus HIV, fator crucial para o avanço da doença. Entre as faixas etárias, os jovens estão mais propensos a serem vítimas dessa ocorrência. Com a adolescência, cresce no jovem o sentimento de indestrutibilidade, colaborando com o pensamento ilusório de que nunca será contaminado. Além disso, o conhecimento universal dos medicamentos do tratamento também tem atuação fundamental nesse fenômeno. Cria-se, na mentalidade da população, a ideia de que a AIDS é uma doença facilmente tratável, ainda que o impacto e as consequências na vida do portador continuem sendo devastadoras. Por conseguinte, simultâneo a essa falta de medo está o aumento no número de infecções pelo vírus. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, houve um crescimento de 21,5% de casos nos últimos sete anos. Ademais, a falsa crença de que os homossexuais são os maiores portadores da doença também pode explicar esse aumento. Isso porque a frequência de novos casos tem diminuído entre os homossexuais, mas aumentado entre os heterossexuais, segundo o Ministério da Saúde. Assim, o problema mostra-se ainda maior por estar coberto de preconceitos. É evidente, portanto, a necessidade de conter o avanço da AIDS no país. Para diminuir a frequência de novos casos, o Ministério da Saúde deve investir em uma campanha nacional de distribuição de preservativos, além de se preocupar com o conhecimento dos profissionais do sistema público de saúde sobre o assunto, fatores essenciais para a maior prevenção e informação da sociedade. Além disso, o Estado deve unir-se à mídia para alertar sobre as consequências da infecção pelo HIV, por meio de artistas e figuras públicas populares, aumentando o poder de persuasão. Dessa forma, será possível amenizar e, em longo prazo, conter o avanço da AIDS no Brasil.