Título da redação:

A aids no Brasil: um paradoxo a ser resolvido

Tema de redação: A AIDS em questão no Brasil

Redação enviada em 05/10/2015

O ano de 2015 está representando um grande avanço mundial no combate a Aids. Em 2000, a ONU (Organização das Nações Unidas) estabeleceu a meta de frear o avanço da doença e revertê-la até 2015. E a meta foi cumprida. O número de novos casos diminuiu 35% no mundo. Mas ainda há muito a se fazer e a nova meta da ONU é erradicar a doença até 2030. No entanto, a situação da Aids no Brasil é diferente; o número de casos da doença vem aumentando nos últimos anos. Enquanto a ONU comemora a queda mundial no número de novas infecções pelo vírus HIV, o Brasil registra crescimento de 11% no número de infectados. Segundo a Unaids (Programa das Nações Unidas para a Aids) houve um aumento de 53% dos casos da doença em meninos de 15 a 19 anos e há um prevalecimento da doença em atingir homens entre 15 e 49 anos. Há uma estimativa de que haja 734 mil soropositivos no país. Segundo as autoridades, o número de novas infecções pelo vírus HIV no país se deve a despreocupação, principalmente dos jovens para com a doença, menosprezando seu potencial e efeitos. Isso faz com que medidas profiláticas, como o uso de preservativos, não sejam praticadas. Mesmo apresentando um aumento no número de casos, a ONU apontou o Brasil como referência mundial no combate à Aids. O país apresenta eficiência no tratamento, uma vez que distribui os medicamentos anti-retrovirais pelo SUS (Sistema Único de Saúde), conseguiu parcerias com empresas farmacêuticas para fabricação de medicamentos para Aids na forma genérica, o que diminui os custos e reduziu pela metade o número de infecções verticais da doença, ou seja, transmissão da mãe para o filho. No Brasil, mesmo com todo o tratamento disponibilizado gratuitamente, há a necessidade de diminuir a infecção por parte dos jovens. Para isso, campanhas de conscientização são a única alternativa. Para zerar as transmissões verticais, tem-se o exemplo de Curitiba, no Paraná. A cidade zerou em 2013 essa forma de contágio, através de um excelente programa de acompanhamento pré-natal.