Título da redação:

A AIDS no Brasil

Tema de redação: A AIDS em questão no Brasil

Redação enviada em 10/09/2018

Ao descortinar o século XX, a contemporaneidade, marcada pelo advento do viés tecnológico e pela remodelação das relações interpessoais, permitiu o avanço da medicina com a consolidação de diversas medidas preventivas e anticoncepcionais. No entanto, a conflituosa adequação dos indivíduos quanto à proteção sexual contribuiu para a alta incidência das doenças sexualmente transmissíveis, sobretudo, da AIDS, síndrome da imunodeficiência adquirida, causada pelo vírus HIV, configurando um alarmante problema de saúde pública. Mormente, de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 60% dos jovens fez sexo sem preservativo no último ano. Nesse sentido, conforme o ideário realista machadiano, no qual a ausência de virtudes é inerente ao ser humano, tais práticas negligenciam os riscos que podem comprometer, consideravelmente, a saúde dos indivíduos envolvidos. Por conseguinte, na esteira do processo de aumento da transmissão da AIDS alude-se à displicência e à falta de informação, principalmente entre os jovens, dos riscos nas relações sexuais sem proteção. Isso porque, de acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde, cerca de 150 mil casos de AIDS são descobertos por ano e 60% da população, entre 15 a 49 anos, não utiliza preservativos, além de não reconhecer os sintomas e não entender a irreversibilidade da AIDS. Destarte, a precoce irresponsabilidade comportamental da juventude brasileira torna-se um fator determinante para o desenvolvimento ideal, posto que coloca em xeque a qualidade de vida. Outrossim, embora na visão nietzschiana o ser humano é estimulado a procurar a máxima afirmação de si mesmo, contra qualquer obstáculo, repressão ou coação, aos portadores do vírus HIV, essa liberdade é cerceada. Nessa conjuntura, devido ao preconceito, indivíduos infectados por essa patologia são marginalizados do convívio social e devido a essa violência são desencorajados a assumir e aderir aos tratamentos precocemente. Ademais, essa discriminação, muitas vezes, faz com que as pessoas mais cautelosas sejam pressionadas a não se protegerem durante o ato sexual por receio de serem levantadas suspeitas sobre a sua sorologia. Assim, a coerção de valores morais agrava o impasse. Torna-se evidente, portanto, os problemas relacionados ao crescimento da AIDS. A essa conjuntura, é primordial que as responsabilidades sejam compartilhadas entre o Poder Público, escolas e mídia. O Ministério da Saúde deve orientar projetos que promovam a informação em ambientes públicos, centros médicos e educacionais, por meio de cartazes educativos e orientações médicas, além de implementação de máquinas de preservativos nas escolas públicas e postos de saúde, a fim de garantir a expansão dos métodos de prevenção. Ademais, é imperioso o engajamento da mídia com propagandas publicitárias e debates públicos, com o fito de mitigar o preconceito infundado com os soropositivos, detentores do vírus HIV. A articulação dessa pluralidade é impreterível para a otimização das relações interpessoais.