Título da redação:

A AIDS não é mais a mesma?

Tema de redação: A AIDS em questão no Brasil

Redação enviada em 14/07/2016

Ideologia. Faroeste Caboclo. Exagerado. Essas são músicas que eternizaram cantores como Cazuza e Renato Russo. Além de serem alguns dos maiores nomes da música brasileira do século XX, ambos contraíram a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) no ápice de suas vidas. Hoje, mesmo com os avanços tecnológicos que permitem controlar a doença, o número de pessoas infectadas ainda aumenta, principalmente, em países subdesenvolvidos. Nessa perspectiva, observa-se um descuido dos jovens com a doença e a ineficiência das políticas públicas para os mais vulneráveis. Embora o vírus HIV ainda não possua cura e cause danos irreparáveis ao indivíduo portador, nota-se que os jovens da atualidade certamente não presenciaram o estopim da doença e, por isso, não dão a devida importância a essa enfermidade. Uma vez que com o avanço das tecnologias e o surgimento da terapia antirretroviral, a imagem mortal da AIDS perdeu força, fazendo com que inúmeras pessoas, em especial, os mais jovens descuidassem do uso de preservativo, ainda meio mais eficaz de se prevenir contra o vírus. Em virtude desse fato, a medida que o governo fornece gratuitamente o teste, tratamento e ainda distribui os preservativos, a população deve conscientizar-se e fazer uso dessas medidas. Somado a isso, é visível que o fundamentalismo religioso e o preconceito afastam à população mais vulnerável da identificação do vírus e posteriormente do tratamento. Já que, além das políticas públicas não serem direcionadas diretamente a esse público a falta de ênfase por parte da mídia, para informar a população certamente é um agravador, contribuindo para o quadro geral. Desse modo, observa-se que gays, prostitutas, travestis, e a população carente em geral são a maioria das, aproximadamente, 734 mil pessoas que vivem com Aids no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Assim, é altamente relevante que todos os incentivos governamentais alcancem as parcelas mais sensíveis ao problema. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Para tanto, é de extrema importância que o Estado se faça presente na figura do Ministério da Saúde criando medidas protetivas que atinjam principalmente as camadas frágeis da sociedade. Ademais, como já dizia Immanuel Kant o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Assim sendo, é fundamental que o MEC, em parceria com as escolas, incentive palestras apresentadas por psicólogos especialistas, afim de incentivar não só uma educação sexual saudável, mas também livrar os jovens do preconceito entranhado na sociedade. Tais medidas, tomadas por meio de uma ação conjunta poderão formar pessoas mais engajadas na luta contra a AIDS.