Título da redação:

A AIDS enquanto produto do preconceito

Tema de redação: A AIDS em questão no Brasil

Redação enviada em 01/10/2015

No século XX, especificamente, no período compreendido entre as décadas de 70 e 80, a ascensão da AIDS coadunou-se a preconceitos acerca da sexualidade dos portadores, dificultando o acesso de homossexuais ao tratamento. Hoje, no século XXI, o estigma sobre a doença, apesar de estar mais fracamente ligado a preconceitos sexuais de outrora, continua, e a reestruturação da assistência ao portador da doença deve ser estabelecida. Grande parte destes, no entanto, não sabem que a possuem, pois têm medo de descobrirem o resultado do exame ou, em outros casos, acreditam ter sido cuidadosos o suficiente para não terem pegado-na. Aqueles ainda sentem-se ameaçados pela maneira com a qual a sociedade, atualmente, trata o assunto. Faz-se necessário, assim, quebrar o paradigma instituído e encorajar os cidadãos a realizarem o exame. O combate à intolerância torna-se, dessa maneira, fundamental para que os índices de infectados diminua e o tratamento necessário possa ser oferecido. Tratamento este que pode tornar plena a saúde física do medicado, sendo necessário, também, seu acompanhamento psicológico, para que o sujeito possa lidar com os preconceitos presentes na sociedade e diminuir seu sofrimento psíquico. Portanto, os argumentos supramencionados demonstram a necessidade de o Poder Público ampliar o acesso à informação sobre a doença por intermédio de propagandas veiculadas em todos os meios de comunicação de massa, além de continuar a oferecer meios profiláticos de prevenção à doença gratuitamente, como tem sido feito com a distribuição de preservativos por postos de saúde. A mudança fundamental, entretanto, encontra-se na quebra do paradigma preconceituoso atual, que só pode ser concretizada pela educação, inserindo-se aulas sobre educação sexual e diversidade na grade curricular dos Ensinos Médio e fundamental. Dessa forma, definitivamente deixaremos o século XX para estabelecermo-nos no XXI.