Título da redação:

A AIDS em países mais pobres: Uma hipocrisia do mundo frente à pobreza e ao desenvolvimento

Tema de redação: A AIDS em questão no Brasil

Redação enviada em 08/10/2015

Apesar de alguns avanços, o mundo está perdendo a guerra contra a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). E as regiões mais pobres do planeta são as mais afetadas. Essa foi a constatação de um estudo elaborado pelo UNAIDS (Programa das Nações Unidas para o Combate à AIDS). Os resultados da pesquisa mostram que a epidemia pode estar, vagarosamente, diminuindo no mundo, mas as taxas de infecção ainda são crescentes. Durante muito tempo dizia-se que a AIDS era uma doença exclusiva dos homossexuais, uma vez que estes eram os mais atingidos pelo vírus. Porém, com o crescimento da doença entre os heterossexuais, ficou evidente que muitas outras questões envolviam o contágio pelo HIV. Daí a importância de se investir em informação e educação preventiva. A África é, sem sombra de dúvida, a região mais afetada pela AIDS e onde maior é o abandono da população. Dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) apontam que dois terços dos africanos possuem o vírus. No entanto, acredita-se que mesmo soluções que podem parecer fáceis em outros contextos, podem ser impraticáveis nas condições culturais, sociais e econômicas dessas regiões. A pólio foi eliminada das Américas em 1994 com ajuda de uma vacina oral eficaz e barata. Mas ainda hoje não foi erradicada em países africanos. Por isso, não é suficiente dizer que com uma vacina eficaz se soluciona o problema do HIV em países pobres. Além disso, para modificar o quadro da AIDS não somente em países mais pobres, é necessária mudança brusca nas estruturas de base para que seja possível disponibilizar medicamentos e acesso a informação sobre prevenção e tratamento. Atualmente, nas condições em que estão os países mais pobres - onde nem mesmo as gestantes têm acesso à profilaxia e medicamentos já existentes para a redução da transmissão do vírus para seus bebês - isto é algo que só seria possível por meio de uma intervenção internacional em parceria com os governos locais.