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Conheça a estrutura do gênero dissertativo-argumentativo

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Está se preparando para o Enem ou outros vestibulares? Neste artigo vamos discutir sobre a organização e estrutura do gênero dissertativo-argumentativo, utilizado na prova de redação do Enem.

Uma das principais diferenças da redação do Enem para as provas de outros vestibulares, que ocorriam há alguns anos e ainda ocorrem, é a questão do gênero e do tipo textual exigido, além da avaliação a partir de cinco competências.

No geral, os vestibulares apresentavam duas opções de gêneros para que o aluno escolhesse uma e produzisse o seu texto seguindo as exigências estruturais e características dele. Dessa forma, os alunos tinham que dominar diversos gêneros e tipos textuais para se prepararem para a prova.

Com o Enem, esse processo ficou um pouco mais simples, pois, nessa avaliação, há sempre a exigência da produção de um texto dissertativo-argumentativo. Ou seja, em todos os anos é necessário escrever o mesmo tipo de texto. Mas fácil, né?

Estrutura do gênero dissertativo-argumentativo: mulher balançando a cabeça, assentindo

Gênero dissertativo-argumentativo e a prova do Enem

Fazer uma prova quando já se sabe o que será exigido é muito mais fácil e menos estressante, certo? Por isso, além de saber como se dará o processo de avaliação do texto, é preciso entender e conhecer a estrutura esperada que você siga.

Inclusive, a Competência 2 avalia o seguinte: “Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo“.

Dessa forma, é muito importante ter domínio e conhecimento da estrutura textual exigida. Conhecer a estrutura e as suas características é fundamental para que se atinja a função e o objetivo do texto. Além disso, a estrutura textual é que garantirá a organização e objetividade daquilo que se está produzindo.

Qual é a função do texto dissertativo-argumentativo?

Antes de compreender a estrutura do texto dissertativo-argumentativo, é necessário lembrar que cada texto, cada gênero textual ou tipo textual, apresenta uma função diferente. Se pensarmos em uma receita culinária, por exemplo, veremos que a função dela é ensinar a preparar determinado prato, apresentando passo a passo aquilo que precisa ser feito.

Nesse caso, o próprio nome já sugere a sua função: dissertar de forma argumentativa. Então, o grande objetivo é defender um ponto de vista, ou seja, o estudante, ao produzir um texto dissertativo-argumentativo, deverá levantar um ponto de vista, uma tese, e argumentar em sua defesa.

A tese é aquilo que você defenderá ao longo do seu texto e precisa estar presenta logo no primeiro parágrafo. Ela é a base do seu texto e precisa ser muito bem defendida, visando o convencimento do seu leitor sobre o seu ponto de vista.

Qual a estrutura do gênero dissertativo-argumentativo?

Como já foi explicado, esse tipo de texto prevê a discussão de um tema, defendendo determinado ponto de vista a partir de argumentos, de dados, citações e de fatos que possam comprová-lo.

Mas como é a estrutura do gênero dissertativo-argumentativo? Toda essa discussão e argumentação deverá ocorrer segundo o molde estrutural exigido, que é composto por três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão.

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Introdução

A introdução é o momento em que o aluno deverá apresentar o assunto a ser discutido e a tese a ser estabelecida, e corresponde ao primeiro parágrafo do texto. Tudo isso de uma forma que chame a atenção do leitor para que ele se interesse pelo restante da sua redação.

Nesse momento, é muito importante que o assunto fique bem apresentado, pois esse será o contato inicial entre o leitor e o texto. Por isso, lembre-se de contextualizar bem o leitor sobre o assunto, como se ele não soubesse nada sobre o tema que está sendo abordado.

Além disso, este é o parágrafo que guiará o restante da produção, pois além de apresentar o assunto, estabelecerá a tese que será defendida ao longo do texto. Sendo assim, essa parte precisa de uma atenção muito especial no momento da escrita.

Começar o texto é, para a maioria dos alunos, o momento mais complicado, mas há algumas estratégias para a construção da introdução, por exemplo, o uso de definições, citações, alusões históricas, comparações, etc.

Mas é fundamental lembrar que, independente da técnica ou estratégia utilizada, a introdução deverá sempre contemplar esses dois pontos: apresentação do tema e estabelecimento da tese.

Desenvolvimento

O desenvolvimento é o momento de discussão e de argumentação, sendo os dois ou três parágrafos seguintes à introdução. Ou seja, é nesse momento que o aluno deverá selecionar os argumentos e os fatos que defenderão o seu ponto de vista.

Então, os parágrafos que compõem o desenvolvimento do texto devem conter a defesa da tese e, por isso, essa é a hora de argumentar, discutir, questionar e de mostrar o senso crítico.

Fora isso, é importante selecionar muito bem esses argumentos, pois não podem ser muito extensos, uma vez que a produção textual deverá ser feita em, no máximo, 30 linhas.

Todo o texto precisa ser produzido de maneira impessoal, ou seja, embora defenda o ponto de vista do autor, é preciso que ele se mantenha distante. Por isso, aconselha-se escrever em terceira pessoa.

E atenção, essa escolha da pessoa verbal deve ser mantida em todo o texto! Não se pode iniciar a produção textual em terceira pessoa do singular e mudar para a primeira pessoa do plural depois.

Se o texto foi iniciado em terceira pessoa do singular, mantenha isso até o final e nunca escreva em primeira pessoa do singular, como ‘eu acho’, ‘eu acredito’, etc. pois prejudicará a credibilidade dos seus argumentos. Portanto, o mais aconselhado é optar pelo uso da terceira pessoa.

Fora isso, tenha em mente que cada parágrafo do seu desenvolvimento precisa ter início, meio e fim. Então, da mesma forma que acontece com o texto, inicie explicando o que será defendido, desenvolva o seu argumento e, por fim, conclua ele.

Conclusão

A conclusão é o parágrafo final e nessa parte é necessário retomar o assunto e a tese, a fim de amarrar tudo o que foi exposto, além de apresentar as propostas de intervenção, que são medidas que poderiam resolver o problema discutido.

É fundamental entender que essa parte é a de finalização, ou seja, é o momento de fechamento das ideias. Por isso, não se pode apresentar novas ideias para serem discutidas, nem novos argumentos, apenas concluir os que já foram apresentados.

No Enem, diferente de outros vestibulares, é exigida proposta de intervenção para o problema abordado. Sendo inclusive atribuída a competência 5 para avaliá-la. Por isso, lembre-se de apresentá-la no seu texto de forma detalhada.

Por fim, é só lembrar de conluir o seu texto, retomando a sua tese e finalizando sem deixar nenhuma ponta solta. De modo que o corretor entenda que você iniciou, desenvolveu e concluiu a sua redação.

Estrutura do gênero dissertativo-argumentativo: gif do Bob Esponja batendo as mãos

Sendo assim, introdução, desenvolvimento e conclusão compõem a estrutura do gênero dissertativo-argumentativo e essa ordem precisa ser respeitada para garantir a nota 1000 na redação do Enem.

Também é válido ressaltar que a não obediência à essa estrutura caracteriza nota zero na redação. Dessa forma, não se pode escrever o texto em forma de receita, narrativa, poema ou outros tipos.

O texto deve ser dissertativo-argumentativo, respeitando a estrutura composta por introdução, em que apresentamos o tema e a tese; desenvolvimento, responsável pela argumentação e defesa do ponto de vista; e a conclusão, que faz o fechamento das ideias e apresenta a proposta de intervenção.

Agora que você já sabe como é a estrutura do gênero dissertativo-argumentativo, que tal praticar com um dos mais de 200 temas de redação do Projeto Reação. É praticando que você entender melhor o que precisa ser melhorado para fazer um bom texto. Bora lá?

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Ana Massêo

Ana Massêo

Formada em Letras pela UFMG e apaixonada por livros, filmes, séries e músicas.

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