É incontrovertível que a instituição familiar é o pilar de formação de um individuo. Contudo, a família contemporânea brasileira enfrenta uma serie de desafios, entre esses, a falta de relacionamento e comunicação entre familiares frente às novas tecnologias. Nesse contexto, faz-se necessário a reflexão de tal problemática. A priori, é válido destacar que a partir do século das luzes, as tecnologias tornaram-se, progressivamente, parte do cotidiano familiar. Assim, novos hábitos, como uso indiscriminado de aparelhos celulares, foram incorporados criando barreiras que impedem diálogos e vínculos entre membros do lar. Logo, quando Thomas Hobbes defende em seu livro “Leviatã” a existência de um governo forte e absoluto, hoje os meios tecnológicos podem ser considerados o Leviatã-digital, uma vez que exerce total poder. Além disso, a falta de autoridade e a liberdade excessiva dos pais contribuem para jovens e adolescentes optarem por se isolarem no mundo virtual. Exemplo disso, é o tempo que um jovem no Brasil passa com seu celular, que segundo pesquisa reportada pelo “Fantástico” é de 4 a 5 horas por dia. Deve-se a isso, também, ao fato de que muitos adultos utilizam suas horas vagas de forma similar: em redes sociais. Assim, o convívio familiar vai se tornando escasso, perdendo laços afetivos e formação moral. Em vista dos fatos elencados, é necessário mobilizar agentes que participarão diretamente na solução desse impasse. Portanto, a atuação de assistentes sociais disponibilizados pelo Governo, é de importante influencia para melhorar a integração entre os familiares. Desse modo, esses profissionais devem prestar assistência nas residências, a fim de estabelecer o diálogo nesse lar. Além disso, devem elaborar projetos recreativos, sem o uso de aparelhos modernos, em centros comunitários, a exemplo de exercícios em equipe com diversos grupos famílias, de maneira a colaborar na formação do menor e promover laços perdidos.