Título da redação:

O momento mais fascinante da vida: o nascimento de um bebê

Tema de redação: O parto como questão de saúde pública no Brasil.

Redação enviada em 07/08/2015

Sem sofrimento, sem dor e com conforto. Essas são as principais exigências das futuras mamães desde muito tempo. Ao saber da gravidez, muitas mulheres além de sonharem com o quarto do bebê, as roupas e o nome, ainda têm que se preocupar com o modo do parto: natural ou cesárea. Essas opções acarretam muitas dúvidas e informações errôneas levam a gestante a ir pelo caminho considerado pela maioria como mais fácil e menos doloroso: o parto cirúrgico. Contudo, muitos médicos induzem suas pacientes à cesariana por ser mais prático, rápido e lucrativo, alegando que é mais seguro para ambos os envolvidos. No mundo, a cesárea é usada como uma opção quando o parto normal apresenta riscos tanto para a mãe quanto para a criança. No Brasil, entretanto, a cesárea é uma regra. Pesquisas da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que o país lidera o ranking com mais cesarianas no globo, e que mais de metade foram desnecessárias. Médicos influenciam suas pacientes criando uma áurea mística ao redor do parto natural afirmando ser uma dor insuportável, que o cordão umbilical se prenderá no pescoço do bebê, enfim, que os riscos para ambos são maiores e que a cesárea seria a solução de todos os problemas. Todavia, a real intenção por trás dessas informações errôneas é, na verdade, os fins lucrativos para os médicos e para as corporações, que cobram caríssimo por uma cesárea na qual o bebê pode ter complicações respiratórias ao ser tirado antes do amadurecimento completo dos pulmões (que liberam uma substância na corrente sanguínea da mãe responsável pelas contrações). Além disso, métodos para efemerizar a dor do parto natural não são usados no Brasil, como fazer a parição de cócoras ou em pé (obtendo, assim, a ajuda da gravidade), uso de anestésicos e o conforto da gestante, que muitas vezes é submetida a agressões verbais pela falta de paciência dos obstetras, já que o procedimento é longo. Além disso, os riscos da cesariana são omitidos a fim de convencer a gestante a se ver livre da dor do parto natural. Recentemente, foi muito divulgado um fato que ocorreu no México, onde estudantes de medicina cortaram o pênis do recém-nascido ao invés do cordão umbilical, o que gerou e gerará sérios efeitos no corpo da criança. Somando-se a isso, os perigos ainda são vários: grandes sangramentos, agressões a outros órgãos, infecções e formação de coágulos, que provocarão distúrbios na mulher futuramente, resultando em experiências traumáticas. Diante disso, vê-se a urgente necessidade da desmistificação da parição natural através de programas públicos que demonstrem os benefícios do mesmo, tanto para a mãe quanto para o bebê, cartilhas de informações que falem sobre os direitos das grávidas antes, durante e depois do parto e como denunciar eventuais agressões. Além disso, é necessário também que a população trabalhe juntamente com o governo a fim de espalharem essas informações e encorajarem as futuras mães a optarem pela escolha mais saudável e fascinante da vida, com saúde e conforto: o parto normal e o nascimento de um filho.