Título da redação:

Nascimento humanizado

Tema de redação: O parto como questão de saúde pública no Brasil.

Redação enviada em 04/09/2015

Na revolução técnico - cientifica, no século XX, desenvolveram-se técnicas para ajudar na realização de partos emergenciais. Entretanto, a rapidez com a qual os procedimentos eram realizados e a atenuação da dor fizeram com que esse novo tipo de parto (parto cesáreo) sofresse adesão quase que em massa das mulheres gestantes. Porém, tal prática expõe as mulheres e o bebê a diversos riscos de vida, além de ser uma medida que gere ônus para a saúde pública. A realização do parto cesáreo pauta-se no corte da parte inferior do abdômen de modo a fazer uma incisão até o útero, ou seja, oito camadas de tecidos são agredidas. Ademais, no decorrer do procedimento podem ocorrer hemorragias, reações ao anestésico e problemas respiratórios no bebê. Visto que a probabilidade dele nascer prematuro é maior. Já no pós-operatório, a mulher sofre risco de infecções e na gestação seguinte pode ter uma implantação anormal da placenta. Desse modo, há um aumento dos riscos para a gestante e para a criança. Paralelamente, os custos acerca da cirurgia cesárea exigem uma grande destinação de verbas governamentais. Em 2006, gastou-se 84 milhões de reais em partos cesáreos, uma vez que se necessita para cada parto de instrumentos esterilizados, de uma equipe e de anestesias. Além disso, os médicos, em sua maioria, convencem sues pacientes a optarem por essa cirurgia, já que o procedimento demora menos, o que proporcionaria a realização de vários partos ao dia, e lhe garante a mesma remuneração que um parto normal. Dessa forma, verbas que poderiam melhorar deficiências do sistema de saúde são destinadas para uma atividade em que pouco se valoriza o indivíduo que nascerá. Concomitantemente, a realização do parto normal auxiliaria e enfatizaria o rápido desenvolvimento da imunidade da criança. Uma vez que ao passar pelo canal vaginal o bebê entra em contato com as bactérias que ali se encontram e pro meio da resposta imunológica desenvolve anticorpos. Portanto, para se priorizar a vida da mãe e do bebê, é necessário o esclarecimento da gestante por meio de palestras disponibilizadas pelos hospitais e de campanhas divulgadas no rádio a respeito das vantagens e desvantagens dos dois tipos de parto. Além disso, necessita-se que o governo incentive a criação de congressos que visem o preparo dos acadêmicos de medicina e dos médicos para a importância de se humanizar os partos e de se preservar a saúde dos pacientes. Dessa maneira, menos gastos ocorreriam e a saúde dos pacientes não seria colocada em risco.