Atualmente, no Brasil, as questões que envolvem o início da vida têm ganhado destaque no cenário nacional. Mais de 2000 anos após o nascimento na manjedoura do menino Jesus, deve-se buscar, o quanto antes, a solução das mazelas que ainda fazem parte do momento inicial na vida de cada ser humano. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas) o único quesito que o Brasil falhou, entre uma série de requisitos feitos pela ONU e que o Brasil comprometeu-se a cumprir, foi o fato de não ter reduzido o número de suas cesáreas até 2015 – prazo para o cumprimento do acordo. O Brasil é hoje o país que mais faz cesáreas em todo o mundo: 55% dos partos feitos no território nacional. O número solicitado pela ONU é de, no máximo, 15%. O motivo da ONU almejar um número relativamente pequeno de cesáreas é o fato dessa proporcionar um gasto maior financeiramente, além de trazer, possivelmente, maiores complicações tanto para a mãe quanto para o recém-nascido – cerca de 3,5 vezes maior que o parto vaginal. Ademais, outro ponto relevante a ser discutido foi abordado pela Revista Época: a violência obstétrica. A Revista informa que 1 em cada 4 brasileiras alega ter sofrido tal violência, que se dá, na maioria dos casos, de forma psicológica. É, portanto, perceptível a necessidade de uma reformulação eficaz no que se diz respeito ao nascer da vida. Cabe ao Estado a obrigação de possuir uma política de saúde que respeite os Direitos Humanos e zele pelo bem estar de suas cidadãs no momento de trazer, para esse mundo, os futuros cidadãos. Assim, poder-se-á fazer do primeiro momento de uma vida, um evento único e de prazer por essa contemplar esse novo espaço: a vida humana numa sociedade civilizada.