É comum perceber, que nos últimos anos aumentou-se consideravelmente o número de cesáreas no Brasil. Entretanto, isso acaba denunciando um problema de saúde pública pois, faz parte da fisiologia da mulher ter um parto normal, além disso intervenções cirúrgicas aumentam os riscos de vida e problemas futuros. Faz parte da genética, anatomia e fisiologia de quase todas as mulheres conceberem crianças por métodos naturais. O limite aceitável pela OMS de cesarianas é de 15% ,contudo, esse índice no Brasil está em 53,7% denunciando uma epidemia de cesarianas, a qual deve ser uma operação utilizada quando necessária e não uma regra. Com isso, em um recente relatório, a ANS divulgou que foram realizados mais de 560 mil cesáreas desnecessárias, refletindo assim, mau uso desse procedimento. A operação aumenta os riscos de vida e pode debilitar a saúde, tanto da mãe, quanto do bebê. Segundo índices do Ministério da Saúde, a cesárea aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o bebê e triplica o risco de morte da mãe. Logo ao nascer, a criança é retirada da mãe e submetida a inúmeros exames e só recebe o primeiro aleitamento materno horas depois. Para tanto, faz-se necessário que haja uma menor intervenção médica, e um maior fortalecimento dos laços afetivos entre mãe e bebê. Por conseguinte, diante da crescente demanda por cesáreas, muita das vezes desnecessárias, é preciso que o médico estimule sua paciente a ter um parto propício a sua gestação e que esclareça ela, sobre as diferentes vias existentes para se conceber uma criança. Também, é necessário que o governo atue estimulando a humanização do parto, através do treinamento de equipes multidisciplinares e de propagandas, e campanhas mostrando os benefícios da concepção natural. Só assim, esse problema de saúde pública será solucionado.