53% é o índice de mulheres que realizam parto cesariana no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, o país é líder mundial na realização deste processo. O parto cesariana não é o mais recomendado por profissionais da saúde, comprovado cientificamente que, este pode trazer complicações tanto a mãe quanto ao bebê. Esse alto índice de partos cesarianas no país está relacionado a falta de profissionais especializados nos hospitais, junto a falta de informação das mães, sobre os procedimentos do parto normal, que muitas vezes é estigmatizado, gerando um certo temor. A Universidade de São Paulo é a única do país a oferecer o curso de graduação em Obstetrícia, não sendo capaz de suprir com a demanda do país. É necessário que aja uma maior expansão deste curso em todo o território brasileiro, para que possa aumentar o número de obstetras. Outro problema recorrente é a falta de equipes de parto plantonista nos hospitais, que além de impossibilitar a ocorrência do nascimento no momento desejado, causa sérios riscos à saúde da mãe e do bebê, acarretando déficit na saúde pública e aumento da mortalidade. É valido considerar também, a falta de informação e esclarecimento sobre a realização do parto normal, muitas mães acabam sendo desinformadas durante o pré-natal. Nesse caso, o médico deve auxiliar e informar de forma clara os benefícios e condições do parto normal, estimulando a mãe a ter uma boa vivencia, para a realização do possível parto, eliminando riscos de cesárias desnecessárias. Fica claro, portanto, a necessidade de atuação emergente na saúde pública do Brasil. Cabe ao Governo investir diretamente na implantação de graduações em Obstetrícia nas diversas universidades do país, assim como capacitação de enfermeiros obstetras, gerando uma menor dependência de uma única via profissional. Ampliar o campo de profissionais obstetras, gera uma diminuição no número de partos cesarianos, ocasionando queda no índice de mortalidade materna e infantil. Além disso, a divulgação de informações sobre o parto normal através da mídia, redes sociais, palestras realizadas por agentes de saúde, são meios de manter mães informadas sobre o assunto, e sobretudo reconduzir a cultura do nascimento natural.