Título da redação:

A modernidade do bisturi

Tema de redação: O parto como questão de saúde pública no Brasil.

Redação enviada em 08/08/2015

Durante muito tempo, os partos eram feitos de modo caseiro. Os médicos eram as parteiras e os bisturis eram as mãos. No final do século XVI, Peter Chamberlen inventou o primeiro fórceps utilizado na retirada do recém-nascido e com isso se iniciou o processo de modernização dos instrumentos para realizar os partos até chegar ao parto cesariano. O principal motivo para as mulheres optarem pelo parto cesariano é o medo de sentir dor. Aliás, a comodidade é algo normal no ser humano. Os médicos também preferem por levar em consideração o tempo. Um parto normal dura 4 vezes mais que o parto cesário. "A industria cesária brasileira" toma conta de 52% dos partos da rede pública e 85% na privada enquanto a recomendação da ONU é de no máximo 15%. Por trás dessa lógica existe algo mais grave: a saúde da mulher e do bebê. Qual parto é realmente o mais indicado? Muitos obstetras acreditam que a cesárea é o método mais seguro tanto para a mãe quanto para o bebê. No entanto, estudos revelam que, para o recém-nascido, este tipo de parto gera maior probabilidade de problemas respiratórios, icterícia fisiológica, prematuridade iatrogênica, anóxia, mortalidade neonatal, dentre outros. Além disso, o aleitamento materno pode ser prejudicado devido à ruptura do vínculo entre mãe e filho que é estabelecido durante o parto natural. Fica claro, portanto, a necessidade da mulher optar sempre pelo parto normal. Conversar com o seu obstetra e o mesmo deve respeitar a vontade da paciente e realizar a cesária só em casos de extrema necessidade, por exemplo, gestantes acima de 35 anos, hipertensão, deslocamento da placenta e etc. Os hospital deve criar uma politica para diminuir essa cirurgia pois 12% dos bebês por parto cesário vão para a UTI e no parto normal esse numero cai para 3% de acordo com Renato Kalil, obstetra da maternidade de São Luiz, em São Paulo. O governo também pode financiar propagandas na mídia com o intuito de conscientizar as mulheres sobre os partos e incentivar a ida nos postos públicos para receber informações evitando riscos desnecessários.