O nascimento de uma pessoa é um momento marcante tanto para os pais e familiares como para a equipe médica que está realizando o procedimento. Qualquer tipo de transtorno deve ser evitado ou, pelo menos, minimizado, pois tanto as consequências imediatas como as futuras podem ser graves e fatais. O parto normal é fortemente aconselhado, mas diante de nossa estrutura hospitalar, é mesmo seguro? É fato que a estrutura do Brasil tem se modernizado continuamente. O SUS é um dos únicos planos de saúde grátis em todo o mundo, mas a sua estrutura está longe do ideal nos centros urbanos. Um dos casos mais alarmantes é o do Hospital Walfredo Gurgel, em Natal, onde muito frequentemente, pacientes recebem atendimento em pleno corredor, quando recebem; a falta de estrutura é notória. Portanto, dá para entender e até se solidarizar com a gestante que prefere o parto cesariana, que mesmo com uma recuperação mais lenta, oferece menos riscos, tendo em vista a possibilidade de agendamento e a garantia de estrutura. Ninguém quer correr riscos quando se pode optar por uma via mais tranquila. Todavia, tal procedimento não é acessível a toda a população. É fundamental que o governo tenha como prioridade a humanização da estrutura da saúde pública, pois de nada adianta oferecer um serviço sem estrutura. A população tem um papel importante nesta causa, ela é quem precisa cobrar do governo e mostrar sua insatisfação. A mídia e a classe médica são vozes importantes nesta luta ao aliarem o alcance de protestos, por meios de comunicação, e a experiência diária destes profissionais.