Há muito se discute sobre a a liberdade feminina, sua emergência na sociedade brasileira, assim como seus direitos em todas as esferas contemporâneas. A cerca disso, levantam-se temas como o abordo e o direito de escolha de levar a diante ou não uma gravidez não planejada. Consoante a isso, parte da sociedade evita posicionar-se em relação ao tema, alegando os preceitos religiosos que abominam e julgam quem se coloca pró-aborto. Este fato se comprova com discursos similares ao do atual presidente da Câmara Nacional dos Deputados, Eduardo Cunha, em 2005. Nesse, o representante se colocava contrário a abordagem do tema em agenda legislativa. Por outro lado, o Estado é onerado em mais de R$142 milhões anualmente com internações e intervenções de emergência de pacientes vindas de procedimentos abortivos clandestinos, é o que defende a pesquisa apresentada pela Universidade de Brasilia e a Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Essa afirma que, 1 a cada 5 mulheres recorreu a clinicas de aborto ou o conhecido Citotec (medicamento que induz o parto em qualquer época da gravidez), o que explica o alto número de casos de morte em decorrência dessa prática - hoje, a morte pós procedimento de aborto é a quinta colocada no hanking das mas incidentes no Brasil. Em virtude disso, a descriminalização do aborto coloca o Estado a frente do controle dessas técnicas, diminuindo assim os riscos ocasionados pela prática em ambientes extra hospitalares, entretanto, preceitos religiosos individuais impedem que esse tema seja discutido e analisado. A par disso, há de se desassociar a defesa o abordo e da busca pela legalidade da a prática , ou seja, o que se defende não é o incentivo ao sexo irresponsável e sim aos princípios da democracia que rege o Estado laico brasileiro, onde decisões como essa devem ser individualizadas e isentas de influências politica, religiosa ou social, além de respeitadas.Consequentemente, o problema do crescente número de casos de aborto, poderá ser contornado após adoção de medidas de controle ao aborto, por meio de agentes estaduais e seus números controlados pelas secretárias estaduais de saúde. Luta-se por mais um passo no reconhecimento dos direitos das mulheres.