Título da redação:

DIVERSIDADE DE GÊNERO: ALÉM DE UMA MERA “IDEOLOGIA”

Tema de redação: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 08/02/2017

No atual contexto brasileiro, debates sobre o ensino de gênero e suas diversidades sexuais têm sido pertinentes. Todavia, a temática levanta divergência de opiniões dentro do âmbito escolar. A princípio, é necessário ressaltar que o conceito de sexualidade e identidade de gênero vai além de uma mera “ideologia” em que citam um grupo de conservadores extremistas. Segundo a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), suas definições estão baseadas em parâmetros científicos e produção de saberes sobre o mundo. Em virtude disso, é fundamental a compreensão mais profunda a respeito do assunto. O artigo quinto da Constituição Federal Brasileira de 1988 cita que todos são iguais perante a lei. Entretanto, tal medida, dificilmente é aplicada com rigor na sociedade em geral, visto que a intolerância e o desconhecimento levantam barreiras imensuráveis para aqueles que tentam ter liberdade de expressão e de reconhecimento de suas preferências, os chamados LGBT’s (Lésbica, Gays, Bissexuais, Transexuais e Transgênero). Em consequência disso, há um aumento na violência causada pela homofobia, lesfobia e transfobia, além do preconceito de pais e alunos gerarem um alto índice de evasão dos discentes. Ademais, apesar do artigo primeiro da Declaração Universal dos Direitos Humanos relatar que todos os seres humanos nascem livres e iguais em direitos e dignidade, o sistema educacional, ainda defasado, através de atitudes negligenciadoras e alienantes, contribuem para a reprodução da desigualdade ainda persistente no Brasil, causando assim, a desmotivação e possíveis doenças depressivas para quem é vítima da opressão à diversidade. Diante disso, fica evidente a necessidade da inserção de uma proposta diversificada no processo de ensino-aprendizagem e no currículo escolar, além da reinvindicação de uma sistemática inclusiva, com a criação de ações específicas de combate às discriminações e preconceito através de palestras, debates, a fim de uma aceitação não só familiar como dos alunos e funcionários da educação. Parafraseando karl Marx, “a história da humanidade, é a história da luta”. Então, que as lutas sejam incessantes para por fim a discriminação e ao desrespeito.