Influenciados diretamente pela mídia, fator determinante para o aumento do consumo infantil, as crianças em pleno desenvolvimento e de fato mais vulneráveis que os adultos, sofrem cada vez mais cedo com as graves consequências que o consumo exagerado traz. Segundo dados do IBOPE, as crianças brasileiras passam em média cinco horas em frente a TV e assistem aproximadamente 40 mil propagandas em um ano. Sendo a televisão o principal meio de publicidade para a persuasão do público infantil, com um bombardeio de mensagens e imagens que estimulam o consumo, direcionando a participarem mais cedo das relações de consumação, sem que estejam efetivamente prontos para isso. Tal mudança no comportamento do consumidor infantil, também é reflexo das influências dos pais e agentes próximos, que os enxertam de presentes e mimos desde pequenos, sobretudo de marcas, oque influencia diretamente na forma de pensar na criança, e além de tudo não impõe limites sobre oque podem e até onde podem obter as coisas, levando ao consumo excessivo e desenfreado. Ademais, são graves as consequências da invasão consumista, que estão relacionadas ao aumento da obesidade, adultização precoce, individualismo, distanciamento das relações familiares, entre outros, sendo portanto uma questão de urgência e de extrema importância a ser tratado, já que atinge a sociedade em geral, e se trata do futuro da humanidade, que são as crianças. Em suma, tal cenário precisa ser mudado, uma vez que, as crianças que aprendem a consumir de forma inconsciente e desenvolvem critérios e valores distorcidos, são de fato um problema de ordem ética, econômica, familiar e social. Uma das formas de intervir em tal problema está na esfera familiar, no qual os pais precisam sempre dialogar com os filhos e impor limites, mostrando a diferença entre o poder e o querer, Nas escolas , através da educação deve conscientizar e não permitir que a publicidade invada o espaço escolar. E no governo, podendo regular de forma precisa a publicidade infantil, de forma em conjunto, amenizar a situação do consumismo infantil.