O advento da internet na sociedade contemporânea possibilitou a democratização ao acesso a informação e a qualquer tipo de conteúdo. No entanto, a popularização da rede mundial de computadores legitimou as bolhas sociais, limitantes a busca por conteúdos divergentes dos ordinários. Hoje, empresas de serviços e tecnologia trabalham a partir dos algoritmos, responsáveis pela criação das bolhas virtuais. Essa ferramenta formata e seleta informações que proporcionam um serviço compatível para com o gosto individual. Progressivamente mais expostos às opiniões convergentes, o dialogo com concepções contrarias se torna gradativamente escasso. Os riscos que esse ciclo traz para as relações interpessoais, politicas e econômicas são eminentes. O discurso de ódio e noticias falsas estão intrinsecamente ligadas as bolhas sociais, uma vez que esse ódio é validado e publicado por pessoas que compartilham dos mesmos ideais. Como foi o caso do deputado Jean-Wyllis, alvo de uma noticia improcedente que denegriu sua imagem, quando supostamente, apoiado pelo Governo, dirigiria um filme sobre a vida de Jesus Cristo, retratando-o como homossexual. Portanto, diante do exposto, medidas são necessárias para combater a problemática. Nessa perspectiva é imprescindível que o Governo, através do Ministério da Educação, em conjunto com veículos midiáticos e instituições de ensino promovam palestras e debates explorando assuntos hodiernos, tendo como ponto de partida a quebra das bolhas sociais. E ainda, o Estado deve monitorar e multar empresas que usem exacerbadamente os algorítimos. Dessa forma, sera possível, aos poucos, reverter as consequências que as bolhas virtuais criaram ao longo da historia.