A violência nos estádios de futebol no Brasil tem apresentado aumento dos índices nos últimos anos. Conforme, o sociólogo Murad, em 2016 houveram nove mortes confirmadas e seis estão em investigação, sendo que apenas 3 % dos delitos como racismo, morte, xenofobia e agressão, foram punidas. Nesse contexto, pode-se analisar que essa problemática persiste por ter raízes históricas e ideológicas. É perceptível, que a impunidade é uma realidade no país, com os crimes cometidos nos estádios não é diferente. De acordo com o filósofo Francis Bacon, o comportamento humano é contagioso, se aplica perfeitamente à essa situação. A brutalidade no futebol, conforme permanece a ser reproduzida, torna-se aprofundada e frequente. Simultaneamente, a voz dos verdadeiros torcedores que vão apreciar o show é reprimida, o que favorece a manutenção das atitudes misóginas. A cultura machista e patriarcal veta qualquer instrução a respeito à diversidade, no pensar diferente, contribui com a perpetuação da ignorância e consequentemente o preconceito. Logo, com essa tradição segregacionista é observado episódios de extremismo, como assassinatos, brigas, racismo com os jogadores, caso recente, xingamentos aos familiares do atleta futebolístico do flamengo Vinicius Junior no estádio Milton Santos. Por isso, é necessário um policiamento e vigor nas punições de forma eficiente. Pode-se perceber, portanto, que as procedências históricas e ideológicas brasileiras bloqueiam a eliminação da violência no estádio de futebol. Para que essa erradicação seja possível, é necessário que os meios midiáticos deixem de utilizar sua capacidade persuasiva para promover rivalidades, intrigas, entre torcidas, e sim promover campanhas incentivando a paz e a alegria transmitida pelo esporte. Ademais, é preciso que o Poder Legislativo crie um projeto de lei para aumentar a punição de agressores, e o Poder Executivo investigar e punir severamente todos casos de crimes cometido nos estádios. Cabe também à sociedade não compactuar com esse delito, se organizar e lutar, fazendo denúncias, criando uma nação mais justa, assegurando a diversidade.