Desde o Iluminismo, entende-se que um corpo social progride quando suas partes se mobilizam com os empasses um dos outros. No entanto, quando a população brasileira ainda sofre para pagar impostos destinados manutenção dos presos, verifica-se que esse ideal das luzes é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrínseca à realidade do país, seja pelo cidadão que anda descontente com esses impostos, seja pelas políticas obsoletas que regem do país. É notório que, no Brasil, hodiernamente, a sociedade encontra-se inflamada pela responsabilidade de arcar com as despesas daqueles que, em algum momento, andaram à margem da lei – cometendo crimes. Segundo o site Politize, o custo médio para se manter um preso no Brasil gira em torno dos 2.400,00 reais, valor este que é inserido nos impostos do povo, proporcionando descontentamento público. Sob esse viés, é interessante a fomentação de políticas que insiram, nas cadeias, meios ao preso de contribuir com sua estadia – a exemplo de estados norte americanos como Ohio. Outrossim, destaca-se a maneira obsoleta de administrar os presídios que, segundo lei, visam a reeducação daqueles que demonstram assimetria às ordens vigentes. Como retratado no filme Carandiru – obra cinematográfica brasileira-, os presídios mais parecem escolas de crimes do que locais para reestruturação psicológica de detentos. Ademais, segundo o sociólogo Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar, dotada de exterioridade; ratificando a premência da restruturação dos presídios que demonstram ser berço para incremento e evolução maléfica dos condenados. Com base no supracitado, observa-se a urgência de medidas para atenuar os entraves. Como enunciado pelo pedagogo Paulo Freire, a educação muda as pessoas, e essas mudam o mundo. À vista disso, o Ministério da Educação (MEC), em parceria com a Secretaria de Segurança Pública, deve instituir nos presídios palestras com psicólogos e oficinas de artesanatos, por meio do racionamento dos impostos que antes eram voltados apenas à manutenção dos detentos, no intuito de educar e possibilitar a própria manutenção do detendo e posteriormente sua reintegração social. Assim sendo, os impostos serão menores e mais justos, afirmando a benevolência dos ideias iluministas.