Hodiernamente, não raro, observa-se a crescente incidência do suicídio entre brasileiros. Isso se fundamenta no tratamento trivial atribuído ao fenômeno, além da demasia em sacralização ao retratá-lo nas mídias tradicionais e alternativas. Estudos sociológicos inspirados na influência da obra de Goethe, denominaram Efeito Werther a relação entre o destaque dado pela mídia e o número de atentados contra a própria vida. Tais dados denotam que a sensacionalização de ocorridos do gênero, principalmente entre famosos, pode influenciar diretamente em sua replicação. Desse modo, fica evidente a necessidade de discrição e seriedade no combate à problemática. Outrossim, destaca-se a ineficácia das instituições sociais como agente impulsionador da questão. Segundo Durkheim, o que promove o encurtamento deliberado da existência por parte de um indivíduo, é a fragilidade das relações estabelecidas. Por conseguinte, o fato de 28 brasileiros se suicidarem todos os dias, nada é senão um reflexo da banalização e falta de diálogo intrinsecamente ligadas ao assunto. Entende-se, portanto, que laços familiares, relacionamentos e ajuda profissional consagram-se como fatores protetivos da vida. A fim de atenuar o problema, o Governo Federal deve fiscalizar os noticiários midiáticos, atentando sempre para uma abordagem delicada do tema suicídio com compromisso às recomendações da OMS, além de disponibilizar ajuda médica para questões mentais em escolas e espaços comunitários. Ademais, cabe aos familiares e amigos, a tarefa de estar presente, prestar apoio e jamais menosprezar. Dessa forma, povo e governo caminham para uma reversão do quadro, tornando a planificação do assunto uma forte aliada na manutenção vital.