Desde os primórdios da vida humana o suicídio existe e, em cada civilização, teve função e significados, para os Vikings era uma honra morrer, seja em combate ou por suicídio, pois acreditavam que iam para Valhalla, o paraíso dos deuses. Hoje, ele é interpretado como ato individual de descontentamento, causado, na maioria das vezes, pela depressão, a qual pode ser ocasionada pelo bullying e por alguns distúrbios mentais. Desse modo, devem-se buscar maneiras de conscientizar a sociedade e prevenir o suicídio. Atualmente, muito se fala da relação entre bullying e suicídio, uma vez que o Brasil é o oitavo país com mais suicídios no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, e o bullying é a terceira maior motivação entre adolescentes. A Série “13 reasons why”, baseada no livro de Jay Asher, retrata a história de Hannah Baker que, após se suicidar, envia para seus “amigos” uma caixa com fitas que explicam os 13 motivos que a levaram a tirar a própria vida, dentre eles destaca-se o bullying. A intensa violência física e psicológica que a vítima sofre resulta em um medo constante, tristeza e pressão em contar seu sofrimento ao próximo. Ademais, distúrbios mentais como bipolaridade, problemas de ansiedade e personalidade, bulimia e anorexia contribuem para o agravamento do quadro depressivo. Há a constante sensação de desconforto emocional e a incapacidade física e psicológica de lidar com as adversidades da vida, vendo a morte como saída, o que pode ser associado ao “Mal do século”, perspectiva de poetas como o brasileiro Álvares de Azevedo, da segunda geração romântica. Em uma análise socióloga, tal quadro suscita no suicídio egoísta proposto por Emilie Durkheim, em que o sujeito não vê mais sentido na vida e não têm mais razões para viver. Dessa forma, é imprescindível que haja a prevenção e a conscientização social do suicídio, através da ampliação da distribuição da cartilha de combate ao suicídio elaborada pela Associação Brasileira de Psiquiatria e o Conselho Federal de Medicina, principalmente em Escolas, onde os há a maior parte dos casos de bullying. Além disso, é importante que o Estado invista na atuação de ONG’s como o “Centro de Valorização da Vida”, que oferecem apoio emocional e psiquiátrico, além de prevenção ao suicídio. Assim, ter-se-ia a atenuação do número de brasileiros que tiram a própria vida.