Carros, apartamentos luxuosos, roupas de grife são, muitas vezes, ferramentas utilizadas por muitos – ricos ou não – para praticar ostentação. O consumismo exacerbado é algo pregado pela mídia que, consequentemente é acatado pela sociedade, repassando – às vezes – entre as gerações. Na atual sociedade brasileira o que mais vêm sendo valorizado, infelizmente, é a aparência, as pessoas julgam ao primeiro olhar, pois o que vêm sendo exposto pela mídia é o exterior de cada pessoa e tudo isso rende muita aceitação por parte da sociedade brasileira. O marketing da ostentação é uma realidade, e ainda o será por muito tempo, pois hoje, mais do que tudo, a sociedade se interessa por consumir aquilo que os olhos desejam, ainda que o bolso não permita ter. Não faz muito, noticiou-se uma dessas caricaturas do acúmulo sem muito esforço, ruir entre iates e carros luxuosos. Nem mesmo o juiz responsável pelo caso de Eike Batista – magnata de negócios e empresário brasileiro – resistiu ao fascínio de sair pelas ruas pilotando um porshe branco, como nos fantasiosos clipes de funk ostentação. Com base nos argumentos mencionados, torna-se viável a mudança de pensamento da sociedade, algo que mude a partir do interior para o exterior, Shakespeare apontou que a verdadeira benevolência não necessita de ostentação, é semelhante ao orvalho que cai do céu. Não obstante, a liberdade de viver e de se expor como bem entendem está nas mãos de todos, porém o problema começa quando a obsessão pelo excesso torna-se o principal ou único objetivo. É necessário reversão de valores, principalmente os que são expostos pela mídia, pois a grande maioria de pessoas que acatam esses valores impostos são os adolescentes – sem opiniões formadas.