Título da redação:

Integração social dos trissômicos

Tema de redação: A integração social da pessoa com Síndrome de Down

Redação enviada em 07/04/2018

A mais comum das mutações cromossômicas é a Síndrome de Down, causada pela trissomia no cromossomo 21, em que os portadores dessa anomalia, também chamada de mongolismo, apresentam sinais característicos, como retardo ou atraso mental com deficiência, em graus variáveis de aprendizagem, memória ou linguagem, dificultando a interação social do indivíduo, principalmente, pela ausência de cooperação com eles. Em virtude do desafio hodierno, interligado às mesmas oportunidades educativas para todos os estudantes, fica evidente incontáveis fatores sociais e educacionais que aumentam a lacuna no processo de incorporação dos indivíduos trissômicos à sociedade, como no comentário do biólogo Richard Dawkins ao afirmar que não aceitaria um filho portador da Síndrome e que aconselharia sua esposa ao aborto, atitude imoral, já que afeta não só o ser com direito à vida ( garantia fundamental prevista no artigo 5º da Constituição Federal Brasileira), mas, sim, conceitos preconcebidos, agravando-os, por conta de mesmo com o aumento da inclusão deles em escolas regulares ( 114% desde 2005, segundo o Censo Regular) e no mercado de trabalho, haver permanência do preconceito. Ademais, a Síndrome de Down não é considerada uma doença, pois não está relacionada à uma lesão com tratamento cirúrgico, portanto a sociedade deve acabar com os prejulgamentos, que fazem parte de um pensamento arcaico relacionado à uma civilização formada por bases de segregação, advindas do Brasil Colônia. E assim, sendo imprescindível uma alteração no sistema educacional, não na criança, como de acordo com o poeta inglês Joseph Addison: ''A educação é para a alma o que é a escultura para o bloco de mármore.'', ou seja, os jovens afetados pela mutação são impedidos de possuir total acesso às escolas regulares, pela má formação cultural da população e quantidade insuficiente de profissionais idôneos para uma resultante crédula no desenvolvimento com menores casos de repreensão. Contudo, é de suma importância que a escola, como um todo dinâmico e interdependente, trabalhe de forma coletiva para que garanta uma educação de qualidade e igualitária para seus estudantes, posto que o papel do professor na aprendizagem de seus alunos é fundamental, como enunciou Addison, e para tal contribuição o Minitério da Educação deve investir em cursos preparatórios aos educadores, disponibilizando outros profissionais, como fonoaudiólogos, psicopedagogos e fisioterapeutas que possam dar assistência ao professor em sala de aula. Outrossim, ONG's devem realizar campanhas socioeducativas para maior inclusão de vítimas da exclusão social devido à Síndrome de Down, no qual os preconceitos diminuam gradativamente com a maior aceitação e inserção no mercado de trabalho e escolas. Logo, a inclusão depende da ação de cada um, da empatia civilizatória e da visão consistente do que é Educação Especial.